(escatologicamente poético!)
uma derramar de mim mesma
um vômito de palavras
(escatologicamente poético!)
gritar com o silêncio que causa náuseas
um guardar pra si inútil
mas perigoso
venenoso
um deixar pra depois
que não pode ser deixado
jamais, nunca (e aqui eu digo nunca)
é o agora
é o now (= que é “agora” também)
e concordo com o famoso rabino
“se não eu, quem?
se não agora, quando?”
isso mesmo
quando?
isso mesmo
quem?
02.08.25
De acordo sim!
uma derramar de mim mesma
um vômito de palavras
(escatologicamente poético!)
gritar com o silêncio que causa náuseas
um guardar pra si inútil
mas perigoso
venenoso
um deixar pra depois que não pode ser deixado
jamais! nunca! (e digo nunca como nunca disse)
é o agora
é o now (= que é “agora” também)
e concordo com quem se perguntou um dia
“se não eu, quem?
se não agora, quando?”
isso mesmo
quando?
isso mesmo
quem?
02.08.25
Novidade!
minha nova eu
meu novo mim
nunca foi nova
apenas eu reformada
reciclada
restaurada
mas ainda em fase de reparação.
02.08.25
é muito difícil ser eu... Afi!
é muito difícil ser eu
é muito difícil me vencer
é muito difícil lidar comigo mesma
uma luta corporal e/ou emocional
passei uma vida tentando me entender
parece que só agora
milhares de anos depois
minha existência começou a fazer sentido pra mim
já entendi o sentido
mas ainda não sei como aplicá-lo
não sei como me convencer que esse é o entendimento que preciso pra viver
pra ser feliz
já sei o sentido que tudo faz
ou que deveria fazer pra mim
mas não sei como transformá-lo em realidade
trazê-lo pra vida real
na forma de pensar
de sentir
de agir
entendi o sentido das coisas (das minhas coisas!)
mas não consigo dar esse sentido a essas coisas
as coisas da vida
da minha vida
da vida…
Vida?
02.08.25
Replay
sei que estou repetitiva
que esse tema está tão presente
nem queria me justificar tanto
mas tudo isso pra dizer
que eu estava morta de saudade
e morta de vontade
de voltar a escrever
02.08.25
só eu mesma!
aterrissei
acordei
não sei (olha a rima aí de novo que nunca me deixa escrever em paz!)
quando descobri ainda criança que papai noel não existia
confesso que fiquei menos chocada
passei uma vida vivendo em outra
pensando em outra
moldando a realidade a uma vida que nunca existiu
todos sabiam
menos eu
e eu sozinha
da mesma forma que descobri a farsa do papai noel
eu
somente eu
descobri que vivia num conto de fadas urbano
no meu planeta B612
que só existia pra mim
e que se eu continuasse nele
não conseguiria mais existir
e viver em paz
ao mesmo tempo
e ser feliz
ao mesmo tempo