sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Politically correct



Não tenho culpa de ser politicamente correta num lugar de errados ( ou não-político corretos).
O certo é certo e isso é um valor que nunca mudará, independente de dinheiro, moda ou influência da mídia. Utópico?

Não tenho culpa de viver em um país onde fazer o certo é vergonhoso, ser honesta é uma aberração, seguir  regras ou leis é apenas teoria e etc etc etc etc. Nasci com essa regra : a regra de fazer o certo e, certamente, vou morrer com ela. Certamente porque sei que vou morrer e não porque vou mudar a regra.

Em algum lugar do mundo ela irá se adequar, funcionará. Em algum lugar onde já seja corriqueiro as coisas certas funcionarem, pois acredita-se que ser politicamente correto não é lei, faz parte da natureza humana e não vai mudar independente do meio (Abaixo o determinismo!)

Vergonhoso, uma aberração, sou eu mesma, muito prazer.
Sra. Politicamente correta se apresentando.
Honesta, certa e chata, afinal, ninguém é perfeito.

(23/11/09)
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Uma pequena homegagem...


Sabe aquelas frases que você pensa "Pôxa, onde eu estava com a cabeça que não criei isso?". A frase é tão boa que parece a sua verdade ou pelo menos a verdade que você quer que seja sua naquele momento. Ainda bem que existem tantos seres pensantes que sabem o que dizem e o dizem muito bem . É perfeito, só não é mais perfeito porque não fui eu quem criei. Brincadeirinha... mas que deu vontade de ter sido a autora desse pensamento, dizer, parágrafo, citação ou o que quer que seja, isso deu. Só que, algum ser pensante já disse que vontade é algo que dá e passa, e passou. O que fica mesmo é a intenção semântica da mensagem. E aqui vai ela:

"O que é necessário compreender é que ninguém tem a verdade. Nós só damos palpites. No momento em que os indivíduos compreendem que suas verdades não passam de palpites, eles ficam mais tolerantes. E é gostoso conversar mansamente, cada um ouvindo honestamente o que os outros têm a dizer" Rubem Alves

Obrigada, Rubens, obrigada mesmo
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Fazendo ela...

Quero fazer uma literatura que atinja e não afaste as pessoas daquilo que escrevo.

Fazer uso de termos rebuscados e estruturas complexas apenas para satisfazer a minha vaidade linguística? Por favor!

Quero que minhas letras quando se juntem consigam achar morada na mente daqueles que as lêem (nem que seja por um período de férias)

Escrever tem que ser democrático. Algo que fica registrado em algum lugar  onde  todos, de uma maneira ou de outra, possam ter acesso ( não necessariamente digital!)

Escrever é a concretização do pensamento em palavras. Quando eu quiser ser egoísta, mais do que costumo ser no meu dia a dia (e olha a santa contradição!), vou apenas pensar.

Farei uso do cânone das palavras do meu idioma e dos outros que eu sei e venha a saber um dia.
E isso será tão meu, tão egoísta que não poderá ultrapassar os limites do pensamento, criado e dissolvido na minha mente.

Não quero ser bossal. Quero ser escritora.
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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pergunto,logo existo


Viver é tão complicado,tão complicado...

Somos jogados no mundo sem nossa prévia autorização. Não recebendo sequer um mapa, um manual, uma bula ou mesmo um dicionário.

Pessoas a nossa volta que nos ajudam com o que está a nossa volta:

mãe, familiares,amigos e inimigos

E o que está por dentro? Aquilo que ninguém vê. Nem a gente vê.

E será que é para ver? Sentir? Sofrer? Viver?

Ver o quê se não se pode sentir?

Sem sentir, bem, vamos sofrer

E o que é tudo isso então?

Viver?
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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Relacionando e complicando...


Relacionamento
Complicado,não? Difícil...
E impossível viver sem
Pode-se até dizer que quem viveu sem um desses não viveu
Teve vida sem complicações, mas também sem muitas, já cantadas, emoções

A intenção não é rimar, mas complicar
Fazer justiça ao título
É complicado? Por que é complicado?
Porque tem "nós" dentro dele
E para que seres mais complicados do que nós mesmos e mesmas?
Já se imaginou você e você? Topa o desafio?

Somos complicados por natureza
E é no relacionamento que liberamos os nossos complicamentos mais profundos
Abrimos a porta do nosso eu complicado
E ele,bem, ele vai se complicar com o outro eu complicado que também foi liberado

Uma explicação? Não, explicação é para facilitar
E se falo de relacionamento,então, meus queridos e queridas, o negócio é complicar

Vai alguém e diz que discorda. Claro, nem todos são complicados.
Só os assumidos.
Há também os complicados enrustidos
Fazem a linha "take it easy", "pega leve" e acabam se enrolando todo na hora da verdade
Na hora que bate de frente com o eu do outro

É nosso, não adianta, nascemos disso
E é isso que nos diferencia dos demais: a capacidade de complicar as coisas
E não há melhor lugar para se fazer isso do que num relacionamento
Ainda bem que Alguém teve pena de nós e nós cedeu um cérebro bem avantajado
Espaço de não sei quantos gigas para comportar um arquivo e tanto de complicações
Turbinado,preparado, vacinado e atualizado
Sempre pronto para descomplicar
E depois complicar tudo de novo
E tem que ser a dois: um complicadamente muito mais gostoso.

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domingo, 8 de novembro de 2009

Gente!


Salvador, grande Salva!
Ô terra de gente da gente
Gente como a gente
E que nem sempre tem a ver com as outras gentes
É gente única e no mundo todo
Pelo simples fato de ser gente daqui
Gente de Salvador
Salvador é Gente
E haja gente em Salvador
Tem muita gente Gente aqui
E gente, que nem daqui é, mas é Gente como a gente
Gente de Salvador
E a gente de Salvador que nem parece de Salvador?
Gente que não é Gente
Não é da gente
E sabe Deus de onde é
Gente daqui? Não é não!
É gente ruim. Que coisa feia essa gente.
Nem falar nela é bom. Ô gentinha de nada.
O bom é falar da nossa gente que é Gente
É gente Salvador que faz Salvador ser gente Gente
Gente como a gente
Ô,gente, a gente é uma gente e tanto,viu?
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E...


E quem disse que vou dizer algo?
O que queria dizer já foi dito
E o que ainda não disseram
É aquilo que eu não disse
Quando tinha o que dizer
E não tinha coragem para fazê-lo

Faltou coragem
Palavras não faltam nunca
São filhas das idéias que moram no ar
E que são trazidas como um sussurro pela brisa dos pensamentos...

Que poético! Que metafórico! Que bobagem!
Não deveria nunca ser dito
Muito menos escrito
E escrito é pior, pois fica registrado
É o registro do momento que a gente
(Ah, a gente!)
Poderia ficar calado.
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O andarilho de paletó

E como me chamava a atenção. Desde que havia mudado para aquele bairro, diria que aquele era o personagem mais interessante do lugar. Não tinha casa nem apartamento, apenas caminhava. De dia a noite, seguindo todas as direções da rosa dos ventos. Caminhava como se estivesse com pressa, querendo chegar a algum lugar, talvez um lugar que não existisse ou que, pelo menos, não era visível aos nossos olhos. E ele caminhava na direção que lhe parecia sempre certa, seguia o caminho que o levaria ao lugar imaginário, real, invisível, concreto, inexistente aos demais e o único lugar ao qual ele poderia chamar de seu, de sua casa ou de seu apartamento.
E como caminhava, sempre com pressa, pressa dos grandes executivos que atravessam as grandes ruas das grandes cidades , engarrafadas de gente e habitadas por carros...
Assim como os grandes executivos, também usava paletó, mas não trazia nenhuma "briefcase", nenhuma maleta, só a pressa de chegar ao lugar que ele podia chamar de seu lar, sua terrinha do nunca, seu pequeno planeta de pequeno príncipe, um príncipe franzino, negro, fumante...
E caminhava, olhando sempre para frente. Às vezes parava diante de um edifício. Na verdade, só parava diante deste edifício e olhava, hipnotizado, esquecendo-se do seu lugar, como se aquele edifício fosse o lugar ao qual deveria chegar, o seu lugar...
Dava um repente e saía, continuava andando, mexendo os braços como se fosse um atleta prestes a chegar na reta final...
Histórias sobre ele eram muitas. Todas trágicas. Havia sido muito rico e perdeu tudo, o edifício pertencia a sua família e tantas outras, tantas histórias criadas para preencher o vazio da curiosidade.
E ele não se importava, continuava a caminhar, queria chegar, movendo os braços, mexendo a boca como se estivesse contando de 1 até 1 milhão, às vezes fumando um taco de cigarro, ignorando os olhares alheios daqueles que se afastavam quando ele se aproximava, abrindo caminho para que ele passasse, olhares de medo por acreditarem estar diante de um louco, olhares de pena daqueles que pensanvam estar diante de um simples mendigo, talvez olhares de raiva daqueles que acreditavam estar diante de um vagabundo que não queria nada da vida...
E ele queria, ele queria muito, ele queria muito chegar ao seu destino, ignorando todos os olhares de pena, medo ou raiva, olhando sempre para frente, movendo os braços como atletas e fumando, e caminhando com a pressa dos executivos, pois queria chegar ao seu destino, queria chegar, queria caminhar, queria o seu mundo...
Neste, com toda certeza, ele só estava de passagem.
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O primeiro Babkar

Bem, primeira página... primeira frase... primeiro parágrafo... primeiro tudo e aquela obrigação interna de que por ser o primeiro tem que ser "the best"! E eu quero lá saber em "ser the best"? E com certeza alguém pode até dizer "E eu lá sei o que é the best!".




TUDO QUE É PRIMEIRO TEM QUE SER O MÁXIMO. Não sei quem foi que disse isso, só sei que sigo isso até hoje e acho que não sou a única: o primeiro sutiã, o primeiro beijo, a primeira impressão é a que fica, a primeira vez, primeiro filho ou filha, primeiro dia na escola, o primeiro amor... E nós, aqueles assumidamente pioneiros ou pioneiras de plantão, é que não vamos ficar de fora.
 


E aqui está o meu primeito blog, o "babkando tudo" que nada mais é do que euzita falando de tudito que vier a minha mentita e nem que para isso eu tenha que revolucionar (a tal da  necessidade de pioneirismo) o mundo dos significantes e significados, inventando palavra adoidando e derrubando todos os muros das regras gramaticais e etc.


 

E, claro, que seja muito bem-vindo ou bem-vinda todo aquele ou aquela que quiser babkar um poquito. 











origem da foto:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAgzofu4ecaGiwLuYZdR8bHjr5AI-DXCeMsQchlgG2Kn7v4_wMrhn7xiCbaZ5tz5BZJZSXpF1COQjW1nipkVqS1z_3HBL67NgdMGO4aPWzsRyXmQVXDOAgQe2yx7LOBsx_dHaYlmpKPbQ/s400/mujer_escribiendo%5B1%5D.bmp

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