quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Só criticando...



Hoje uma das maiores surpresas que uma pessoa pode ter na vida é quando ela compra um produto, olha no verso e não vê escrito "Made in China".
Não existe mais globalização, existe chinalização:
  • o perfume francês é made in china;
  • o carro alemão é made in china;
  • o Nike americano é made in china;
  •  as castanholas espanholas são made in china;
  •  a massa italiana é made in china;
  •  o relógio suiço é made in china;
  • e não duvido nada que já exista uma feijoada brasileira made in china.
E  quando já não existe mais nada que não seja produzido in China, eles inventam uma tal de Chinaaaaaaaaaaaaa in box para você receber a China na sua casa.

Será que produzindo tudo isso, ainda há espaço para um yakisobazinho??????

Hum... Delícia!
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Oh, cupido, vá longe de mim!




Depois da internet, cupido virou coisa do passado.
O romantismo virtual pode voar mais longe...e mais rápido.
















(imagem: https://goo.gl/images/YoY2ZF)
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domingo, 26 de setembro de 2010

Desperdício

Políticos.
Como desperdiçam as palavras.
Se soubessem o significado delas, talvez falassem menos.

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Fácil





Acha inglês difícil?


Então você não fala português!

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Assim disse Nário assim

















- Pai, o que é texto?

Como responder àquela pergunta complexa sem complicar muito? Afinal, o dono da pergunta só tinha quatro anos. Resolveu apelar para o lúdico.

- Texto é... são palavras em bando. Assim como os passarinhos que voam juntos.

- E o que é si-g-sig-ni-fi-cado? - perguntou Aurelinho quase se engasgando com as sílabas.

Aquela era ainda mais difícil de explicar.

- Significado é a importância que cada palavra dá a si mesma.

E aos poucos Aurelinho foi tomando gosto pelas letras: raiz, desinência, significante, léxico... E para cada um deles, uma nova história. Ficava encantado com tudo o que ouvia. Saboreava cada explicação ou palavras cantando em coro como se fosse sua.


E o tempo? Esse foi passando como sempre ou empurrando os ponteiros do relógio que era um sujeito muito paradão. Aurelinho foi ficando menos “linho”. O pai, seu Nário, há muito já não era tão questionado. Uma tal de Dona Escola apareceu e começou não só a responder às perguntas de Aurélio, como exigir dele algumas respostas. Seu Nário ficava alegre por ver o filho recebendo tanto conhecimento e um pouco triste por ter perdido o seu melhor discípulo.


Aurélio cresceu ainda mais, a tal ponto que só o “élio” já não era suficiente e começou a ser chamado de Aurélião. Já não conversava tanto com o pai como antes. Tinha decidido escrever um livro ou uma festa das palavras. E para isso se encontrava todos os dias com Dona Universidade. Dona Escola, assim como seu Nário, já não podia responder a todas as complexas e intermináveis perguntas.


Chegava a casa, mal falava com o pai, entrava no quarto e mergulhava nas folhas de ofício espalhadas pela cama para corrigir ou acrescentar alguma coisa. O pai se perguntava o que tinha feito ou contado de errado para o seu filho mudar com ele daquele jeito? E, pela primeira vez, não lhe vinha nenhuma resposta.


Meses e Aurélião já não visitava mais Dona Uni. Resolveu apelidá-la assim para não perder tempo falando todo o seu nome. Tinha que usar todo o tempo que tinha (e sentia que não tinha tempo o suficiente)  para continuar a sua festa, digo, o seu livro.


Seu Nário via televisão. Sem diálogo, não tinha mais tanta razão para viver e resolveu se entregar aos poucos: passava todo o tempo que tinha (e tinha muito) assistindo a todas as novelas sem nexo, aos telejornais comprados, aos filmes repetidos e aos desenhos de violência para crianças.


Domingo. Um pouco antes do almoço, chegou Aurélião com um enorme embrulho, colocando-o no colo do pai que acordou assustado.
- O que é isso, meu filho?

- Abra, Seu Nário!


Seu Nário começou a abrir o embrulho cuidadosamente. Isso feito, passou para a fase da incredulidade ou o momento em que a pessoa não consegue fechar a boca e nenhuma palavra, palavrinha ou palavrão veio lhe socorrer. Ficou mudo.

 Era um livro enorme, cheio de palavras, cada uma com sua própria história, uma verdadeira festa. Seu Nário chorou, chorou como  Aurelinho quando escutou a história da palavra saudade. O livro “Disse Seu Nário” foi um sucesso.


Entretanto, as pessoas, impregnadas com a pressa do dia a dia e sem paciência para mais nada, quando falavam o nome do livro, falavam tão rápido que parecia uma palavra só. Algumas edições depois, um esperto e ganancioso Editor ou organizador da festa das palavras resolveu imprimir o que já estava sendo dito.

Aurélião ficou muito aborrecido, mas Seu Nário disse que não havia problema, a verdade do livro morreria com eles. E assim "Disse Seu Nário"  ficou "Dicionário" ou as palavras de Aurélio... mas esse último só para os íntimos.



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sábado, 25 de setembro de 2010

Mandamentos do amor próprio



Ria dos erros bobos e reflita sobre os mais sérios.




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Capitalismo@dane-se_o_mundo.com.seferre



O capitalismo, ao contrário do sol, não é para todos.

Dizem que ele traz o progresso.

Para a conta bancária de quem?
Da minha? Da sua?

Talvez para a conta da Mãe Natureza?

Capitalismo traz sim o progresso, o progresso dos números de alguma conta corrente.

De quem?
De alguém que há muito tempo esqueceu o que é ser humano.
Resultado: tem mais do que é.

Socialista eu? Comunista?
Não, apenas ser humano, ou melhor, ser vivo.
Assim como as aves, as plantas, os peixes...

Nunca ouviram falar de capitalismo e vivem bem que é uma beleza.
Claro, quando o nosso progresso permite.

E por falar em permitir, permita-me, oh
grande poeta, o trocadilho:
"Tinha progresso no meio do caminho.No meio do caminho tinha progresso."

E engarrafou tudo.
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Às criaturinhas superiores


Nos amam por inteiro
Não reclamam, nem pedem dinheiro.
São muito mais do que "um bom companheiro".

Nos aceitam como somos
Sem roupa bonita e/ou maquiagem
No seu DNA está a lealdade
Um amor igual a esse?
Tá de sacanagem?

Quem tem sabe que é verdade
E quem não tem, também não duvida
Estas criaturas são tão superiores
Que por nós dariam a própria vida

Na rua, na mansão, no frio, no calor
na fome, na sede,na festa, na dor
Que esperam da gente?
Um pouquinho de ração, carinho e muito amor.



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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ode a corrupção





Corrupção. O que seria do meu país sem você?


Nada. Um tédio. Talvez não houvesse nem telejornal.


Não haveria o que conversar. As pessoas seriam muito caladas.


Não teria com o que se revoltar.


Seríamos um pais honesto e sem sal.


Tudo funcionando perfeitamente, todo mundo fazendo o certo.


O errado se sentiria excluído.


Seríamos um porre e sem beber, pois se não há com o que se revoltar, para quê beber?


Você é o nosso tempero, a nossa pimenta malagueta: quanto mais arde, mais a gente come.


Se somos penta no futebol, na corrupção já devemos ser  hecto.


É corrupção de primeiro mundo, tecnologia corruptiva de ponta!


E claro, made in Brasil, 100% brasileira, aliás, 101% brasileira, pois até nossos números são, digamos, corrompidos. (a eleição atual que o diga!)


Polícia, justiça, governo, saúde, educação...


É, Corru (já somos íntimas,não?), você não é Deus, mas é onipotente e onipresente.
Hoje somos quem somos graças a você.
Hoje temos orgulho de ser, não somente brasileiros, mas brasileiros geneticamente corruptos.


E canta que canta, meu povo:
Lá vem  o Brasil, descendo a ladeira
Pisando na bola, não é brincadeira...




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Curta e grossa



Como falar de amor sem ter você aqui?
Uma heresia, um crime inafiançável

Prendam-me então!


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domingo, 19 de setembro de 2010

Mandamentos do amor próprio



Não se deprecie. Errar é uma importante etapa do seu aprendizado.
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Esperam?














 - Por que será que as pessoas sempre esperam algo de mim?

- Eu acho que você sempre espera que as pessoas esperem algo de você.

- Elas esperam muito de mim.

- Na verdade elas não esperam nada.

- O que elas tanto esperam?

- Esperam apenas que você não se atrase.


E assim parou o ônibus no ponto seguinte.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fome Suja




- Moço, compra um pirulito.


Estava distraído quando ouvi aquela voz. Olhei para o lado e não vi ninguém. Resolvi voltar aos meus pensamentos quando...


- Moço, compra um pirulito.


Olhei ao meu redor e percebi que atrás de mim se encontrava um garoto magro, pálido e muito encardido. “Um menino de rua”, pensei e coloquei a mão sobre a carteira que estava no bolso.


- Moço, eu tô com fome. Compra um pirulito aí, vai?


Fome. A palavra doeu nos meus ouvidos. Duvidar de um ser humano com fome?


- Como é o seu nome, filho?


- Tô com fome.


De novo essa palavra? Será que ele quer que eu me sinta culpado pela fome no mundo?


- Você tem mãe?


- Tem não. Meu nome é José.


- José. Onde você mora, José?


- Moro longe.


Parecia que José não gostava muito de conversar. Talvez a vida não lhe desse muita chance para bater papo. Deveria ser filho de pai desconhecido, morando num barraco com a mãe e mais meia dúzia de irmãos.


- Quantos anos você tem, José?


- Dez ou onze. Sei não.


A esta altura eu já tinha perdido o meu ônibus.


- Moço, vai comprar um pirulito?


Aquela insistência em me vender um pirulito, ao invés de me irritar, aumentou ainda mais o meu interesse pelo José. Era a fome que mandava naquele corpo franzino e sujo. A fome era sua única força, era o que o mantinha de pé.


- Um é trinta e dois é cinqüenta.


Não sei. Talvez eu fosse um pouco culpado pela situação do José. Quem sabe eu poderia lhe pagar um lanche? 


- José, você quer...


- Cala a boca e passa a carteira, otário!


- Como é que é?


De repente a sua voz engrossou. Não tinha fome, mas um canivete na mão apontado para a minha barriga.


- Passa a grana, otário!


Não tive reação, não consegui pensar... Onde estava o José com fome?


- Vou te furar, mané!


- Calma, rapaz!


- Calma o cacete!


Puxou a carteira do meu bolso e saiu correndo. Sentei no chão e chorei feito uma criança. Na minha cabeça, uma única pergunta “Quer lanchar comigo, José?”
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Qual o nome do filme?



"Dormindo com o inimigo"

Estrelando Julia Roberts no papel do Pintinho Bêbado e Patrick Bergin como o Gatinho Emaconhado.
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Momento Educado



Se eu pudesse...


Leve o saquinho!
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Só na estação



Lá vai a locomotiva, cafécompão, cafécompão...

O trem que vai partindo em pedaços o meu coração, cafécompão...

Que grita “Espere!” em vão, cafécompão, cafécompão...

Para uma louca e inútil paixão, cafécompão, cafécompão...

Cafécompão, cafécompão, cafécompão, cafécompão, cafécompão...

Sem olhar para trás o trem segue em frente, caféquente, caféquente

Deixando minhas lágrimas rolarem na frente de muita gente, caf...

Caféquente, caféquente, caféquente, caféquente...

No ar só fumaça...

Na estação pessoas que vêm e que passam...

No meu peito um solitário coração

Que não teve forças para parar aquele vagão, cafécompão, cafécompão

Cafécompão, cafécompão, cafécompão...
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Campanha do ócio









"Não fazer nada" é preciso!


 

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

De mim a Mim



Estava eu conversando comigo mesma dia desses. Então eu disse:
- Mim mesma?

E Mim Mesma respondeu:
- O que é?

Cuidadosamente eu perguntei:

- Está muito ocupada se angustiando com as coisas da vida que não têm jeito porque são coisas da vida?
- Como você adivinhou?
- Ora, não esqueça que eu te conheço mais do que ninguém. Aliás, eu sou você ontem, hoje e amanhã.
- Estava sim me angustiando com as coisas da vida, mas as coisas da vida que me dão angústia têm jeito sim.
- Bem, não vou discutir para você não se angustiar mais e não ouvir o que eu tenho a dizer.

Mim Mesma se calou imediatamente. Aposto que continuou se angustiando em silêncio...

- Que mania essa que a gente tem de dar ouvidos ao que os outros falam da gente. Quem mais do que a gente pode conhecer a gente como a gente mesmo?
- Menina, repete a última parte que deu um nó no meu cérebro e meus neurônios estão com falta de ar.
- Eu sou especialista em você, Mim Mesma! Logo, a minha opinião é a mais certa e a mais importante. A única que vale a pena ser ouvida, concorda?
- Quem mais do que a gente... Eu não entendi a última parte.
- Aliás, como estou sendo modesta! Eu tenho pós-doutorado em você, Mim Mesma. Eu sou a melhor tese que alguém poderia fazer de mim. Logo...
- Entendi, os outros falam da gente, mas a gente não fala dos outros, né?
- Às vezes eu tenho dúvida se somos a mesma pessoa. Enfim, era isso que eu vim te pedir: se alguém vier te ofender, dizer alguma coisa sobre você, ignore, pois é boato, história sem sentido, alguém sem conhecimento de causa. Enquanto não passar pelo meu crivo, minha análise e etc, ignore, entendeu?
- Que parte? A parte da "gente conhecer a gente" ou a da "gente como a gente mesmo"?
- Olha, Mim Mesma, vai se angustiar um pouquinho pra relaxar, vai.

Sou muito cheia de mim, mas já estou cheia de Mim Mesma!  E cheia de quem quiser dizer o que quiser sobre mim. Vá catar coquinho com pinça pra relaxar um pouco, vai!

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mandamentos do amor próprio







Perdoe o seu erro assim como você perdoa o erro alheio.


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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Só fraseando...




Racismo é doença. Seja saudável!


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sábado, 4 de setembro de 2010

Só criticando...




Se é uma das coisas que mais me irrita é ouvir as perguntas imbecis de alguns repórteres. Às vezes eu acho que eles estão de sacanagem. Não é possível que uma pessoa vá para uma faculdade, passe no mínimo quatro anos estudando (ou pelo menos dizendo que está),receba um diploma, para depois pegar um microfone e fazer perguntas que tiram qualquer ser pensante do sério. 

Aconteceu uma enchente, a pessoa perde tudo, está desesperada, o repórter se aproxima e pergunta "É uma situação difícil?". Não, Pedro Bó, é a situação mais fácil da vida da criatura! Que bobagem perder uma casa com tudo dentro.

A mãe acaba de perder um filho assassinado, chega o repórter e solta "A senhora está triste?". Não, infeliz, a mulher está chorando é de alegria!

A pessoa vai encontrar um pai ou um irmão que nunca viu na vida, chega o repórter para incrementar a situação e pergunta "Está ansioso?". Imagina, existe coisa mais cotidiana do que encontrar alguém você nunca viu?

E são tantas e tantas outras que eu reduzo o volume quando vejo um repórter se aproximando de alguém com microfone na mão e uma pergunta besta na cabeça.

Que coisa!
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