sábado, 2 de janeiro de 2010

Chegando ao final


O que é isso que todo final de ano nos causa uma certeza interna de que tudo (ou quase tudo) vai ser diferente? Eu chamaria isso de "a esperança anual". É como se durante o ano todo a gente até tem alguma esperancinha passageira, mas nada que se compare a uma certeza profunda de que algo vai mudar.
Estamos dominados pelas atividades rotineiras, pelo estresse rotineiro, pelos problemas rotineiros, pelas rinites alérgicas rotineiras e etc (até os "etcs" são rotineiros) e dentro de tudo isso será que existe espaço para a esperança? Esperança rotineira? Não, isso não faz sentido. Nos acostumamos ao rotineiro e dentro dele não há o que mudar, há com o que se acostumar, logo ter esperança de quê e pra quê? Só se for daquelas rapidinhas do tipo "Ai, espero que o garçom traga logo a minha comida", "Espero que ela atenda (ou não) logo o telefone" e por aí vai.
Agora, basta chegar o último dia dos 365 que nos acompanharam intensamente e um novo ano se estende diante de nós como um horizonte infinito (Poético,não?) e dentro dele não há espaço para as coisas rotineiras. Temos visões, quase alucinações de nós mesmos no ano que está para chegar e lá está ela, a esperança anual, fazendo a virada do ano juntamente com a gente.
Planos, promessas, dietas, carreira, amor, vale tudo na lista do que vamos conseguir no ano seguinte. Gente, é tanta esperança interna que o que a gente faz? A gente começa a dividir com os demais seja pela net, por sms, orkut, cartão (só os virtuais, é claro, adeus correios!) ou então pessoalmente nas festas de fim de ano seja na casa da família, de amigos, na praia, na montanha, debaixo d´água, enfim, o importante é dividir a tal da esperança anual, pois quem sabe assim não surge uma corrente do bem e o mundo fica melhor?
Lindo não? É bom a gente continuar acreditando e celebrando, mas cuidado: não ligue a televisão e nem leia nenhum jornal no dia seguinte senão a sua esperança vai embora rapidinho...

6 comentários:

Anônimo disse...

adorei o blog...mas voce poderia falar menos de literatura e mais de quimica uhauhauha
brincadeira...beijos prima saudades
victor

5 de janeiro de 2010 às 13:43
Anônimo disse...

Já acrescentei ao Meus Favoritos

5 de janeiro de 2010 às 17:21
Babkas Brazil disse...

Química?? Nem se for pra cabelo!!!!! Bem, mas continua lendo aí que aos poucos ele vai ficar melhor e quem sabe você não aprende alguma coisa, tipo , ser tão besta quando eu?

6 de janeiro de 2010 às 11:44
Anônimo disse...

uma perfeita reflexão... :)

6 de janeiro de 2010 às 18:43
Anônimo disse...

Vamos nos permitir sair da rotina sempre. Ano novo, vida nova, e a rotina que fique com ela mesma, por que eu vou a luta todos os dias de uma forma diferente.
Beijos
Dona Chica Polca

7 de janeiro de 2010 às 08:28
Anônimo disse...

Belo texto. Concordo plenamente. O que seria de nós se não tivessemos a opção de zerar tudo e começar de novo? Os planos, dietas, carreira... enfim... tudo que planejamos no fim do ano passado e por um ou outro motivo não cumprimos. A virada de ano é perfeita para isso. A gente esquece tudo que deu errado e promete que no ano que se inicia tudo será diferente. E isso renova as nossas esperanças e planos(pelo menos por mais 365 dias, rsrsrsrsr) e nos mantém fortes para enfrentar todas as dificuldades que teimam em aparecer na nossa vida (e aparecem com uma constancia impressionante, diga-se de passagem). Grande abraço querida

Marcus Vinícius Hafner do Nascimento, seu primo.

2 de fevereiro de 2010 às 23:01

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