segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

o DiFeReNtE





Enriquece, contribui, desenvolve, rompe e/ou quebra padrões e tabus há muitos anos endeusados. Seja atrapalhando, ou confundindo, ou o que quer que seja, o diferente é aquele que nos leva ao novo, ao “ainda” não pensando ou dito, ao que o medo de “arriscar" não permitiu que fosse feito.

O diferente é o convite ao agir, ao fazer, ao modificar, ao arriscar, ao criticar o que há muito nos parece certo, mas que já não funciona ou não se adapta mais ao contínuo movimento do tempo. Em outras palavras, ou até abusando da redundância, o diferente é o ponto de começo, o começo do processo, do processo essencial e totalmente enriquecedor à nossa (e digo nossa no termo mais abrangente da palavra) existência: ao processo da evolução.

O igual é importante para se criar padrões, coisas e atos que se assemelham a fim de organizar e regularizar o ambiente em que nos encontramos. Entretanto, após certo tempo, o igual não muda: se conforma, se contenta, tornando-se, assim, ultrapassado. Eis o momento da necessidade do novo, das novas tentativas, do impensável. É o processo da evolução querendo continuar, o igual ficou pequeno demais para suprir tanta necessidade do novo e evoluir é dar lugar ao novo nem que esse novo seja fruto da reciclagem do velho.


E é nesse momento de inquietação, de insatisfação, entre as brechas do conservadorismo e do apavorante sentimento da possível perda do conforto do “já estabelecido”, desafiando a temível força da resistência à mudança (ou leia-se pavor), surge o diferente, surge dos lugares imprevisíveis, sem hora marcada, sem regra ou padrão que o limite ou o defina. Aparece para fazer desaparecer tudo aquilo que possa impedir ou mutilar ou deformar ou empobrecer a nossa enriquecedora (para muitos, incomodante) capacidade de querer-ser-fazer diferente. Enfim, a nossa habilidade metamorfoseante que pulula dentro de nossas veias, permitindo-nos (excluindo os conservadores de plantão) encurtar o caminho para atingir o nosso maior objetivo: evoluir.
                                                                                                                               

                                                                                                                                
                                                                                                                                            
                                                                                                                                               (Dez/06)



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